quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

“Princípios do falar e do ouvir, compõem as etapas básicas da reflexão científica”


Márcia Oliveira




“Suponde agora, ... que vá ter convosco, falando em línguas: como vos serei útil, se a minha palavra não vos levar nem revelação, nem ciência, nem profecia, nem ensinamento? O mesmos se dá com os instrumentos musicais, como a flauta ou a cítara: se não emitirem sons distintos, como reconhecer o que toca a flauta ou a cítara? ... Assim todos vós: se vossa linguagem não se exprime em palavras inteligíveis, como se há de compreender o que dizeis?... Ora, se não conheço a força da linguagem, serei como um bárbaro para aquele que fala e aquele que fala será como um bárbaro para mim.”

(I Coríntios, 14: 6-11)


A comunicação com as pessoas a nossa volta obedece a pequenos princípios de conduta para se estabelecer de forma satisfatória.

O primeiro princípio básico de uma boa comunicação é que enquanto um fala o outro deve ouvir. Parece brincadeira, mas esse princípio é importantíssimo. Tão importante que tem um “ditado” popular que o relembra. Quem não conhece a famosa e jocosa frase “Quando um burro fala, o outro murcha as orelhas.”

Mas escrever é mais complicado, já o dizem os psicólogos, lingüistas e demais estudiosos da aquisição das linguagens, falada e escrita, que ainda definem tempos e áreas cerebrais diferentes para suas aquisições (Vygotsky, 1991; Luria, 1991, 1992; Piaget, 2001; Luria & Yudovich, 1987).

Nunes (2008), relembra-nos com Rubem Alves e Nietzsche, sobre a dor e o sangue implícitos nesse processo. “[...] O conflito decorrente da relação do homem com o seu meio natural ou social gera dor, a qual força o homem a sonhar outras possibilidades.” (p.74)

Pra começo de conversa, lembrem que primeiro aprendemos a falar. E, essa aprendizagem, comparada a escrita, ocorre bem rápido em nossa vida, em media lá pelos dois anos, dois anos e meio, a maioria de nós já encanta os adultos a sua volta imitando-lhes os sons mais específicos e definidos em ‘palavras com significado’ da comunidade a qual faz parte. (Vygotsky, 1993; Piaget, 2001).

Vejam que essa característica, que é somente da espécie humana, não é simplesmente uma imitação, já que “sem o aparelho fonador” próprio e específico da espécie (Catania, 1999) essa bela e aparentemente, ‘simples façanha’, não seria possível. Assim, só muito depois e com uma aprendizagem específica é que aprendemos e, mesmo, dominamos a linguagem escrita. Já que os estudiosos diferenciam os escritores proficientes dos ‘analfabetos funcionais”.

Existem ainda as questões sociais, culturais, emocionais ou motivacionais que permeiam e estabelecem o nosso pensar e fazer nessa linguagem. Em seu livro, “A construção da mente”, Luria, nos relembra que no começo do século passado, Durkheim “colocava que os processos básicos não são manifestações da vida interior do espírito, ou simples resultado da evolução natural: a mente se origina na sociedade.” (Luria, 1992, p.63). Esse aspecto é também apontado como um processo de desenvolvimento reflexivo paralelo, por Vidal em seu texto, “A ciência e seus procedimentos: Elaborando projetos e redigindo seus resultados” (plataforma on-line do Curso). Onde o autor nos alerta que,

“Todos nós fomos formados dentro do espírito de nossos tempos, passando por uma experiência acadêmica, na qual somos socializados não apenas com os valores que embasam essa modalidade de conhecimento, mas também com os seus procedimentos e práticas...”,

Mas não falaremos dessa característica aqui, agora.

Veja que essas linguagens são tão diversificadas e importantes para nós que sua própria aquisição, utilização e domínio também o é. Observem que sem uma aprendizagem específica uma pessoa por mais que utilize com clareza e fluentemente a linguagem falada, pode ficar anos sem fim olhando os signos da linguagem escrita de seu idioma pátrio sem distinguir o “o” do “a”. Isso é muito sério. É preciso pertencer a “arte de tecer redes” para pertencer a “confraria” dos fabricantes de redes (Rubens Alves, In Vidal, 2009)

Mas começamos aqui a falar sobre escrita científica, por que ela se diferencia das demais? Afinal, já aprendemos a falar, escrever e, aqui no nosso Curso, a partir das leituras dos pensadores que buscam através da reflexão filosófica nos mostrar as influências e tendências do nosso pensar, aprendemos muito mais.

RECAPITULANDO:

1º princípio: ‘Calar quando o outro fala. Falar quando o outro se cala.’

Para que isso ocorra é preciso também saber ouvi e/ou ter paciência par ler.

Traduzindo em linguagem escrita: escrever literalmente e anotar a fonte, quando o que leio de outro autor, sobre o assunto que pesquiso, ‘diz tudo sobre o que pensava’ ou gostaria de entender e, em contra-partida, comentar sobre o mesmo, respeitando a idéia do outro e, quando couber, acrescentando algo novo que eu refleti a partir dessa leitura prévia e ‘providencial’.

De tal forma que aquilo que se fala deve ser entendido com clareza e até repetido por outros que ouvem e/ou lêem depois.

“A ciência é uma disposição de aceitar os fatos mesmo quando eles são opostos aos desejos. ... somos propensos a ver as coisas tal como as queremos ver, em vez de como elas são; [...], graças a Sigmund Freud, somos hoje muito mais cônscios das deformações que os desejos introduzem no pensar. O oposto do “pensar querendo” é a honestidade intelectual.” (Skinner, 1994, p. 25)

Nossas observações e pesquisas nem sempre terão os resultados que desejamos ou almejamos, entretanto, devemos manter suas características para poder reformular e/ou entender seus resultados.

Sobre o assunto a ser pesquisado, Beureu coloca que,

Para que fique clara e precisa a extensão conceitual do assunto, é importante situá-lo em sua respectiva área de conhecimento, possibilitando, que se visualize a especificidade do objeto no contexto de sua área temática. (Beureu, 2009, In: Vidal, Plataforma on-line da disciplina)

Fiquei a pensar, hoje ultrapassamos a confraria da pesca, fundamos também a confraria da caça, a confraria dos satélites e a confraria das confrarias que reconhece cada uma em suas especificidades e até subjetividades.

E agora, como escrever utilizando a ‘metodologia científica’, a necessária reflexão filosófica e principalmente, o meu refletir sobre tudo isso, sem cair literalmente no engodo da falácia e ou no determinismo rígido da técnica?

Saindo de um processo estático e se moldando a um processo de construção, dinâmico e possibilitador...

Acho que ninguém poderá responder essa questão senão, cada um de nós, para si mesmo. E como? Escrevendo. Lendo. Escrevendo...

Vamos lá!



REFERÊNCIAS

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Nova edição, revista e ampliada. São Paulo: Paulus, 1998.

CATANIA, A. Charles. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artmed, 1999.

GOULART, Iris Barbosa. Piaget: Experiências básicas para utilização pelo professor. Petrópolis: Vozes, 2001.

LURIA, A. R. A construção da mente. São Paulo: Ícone, 1997.

NUNES A. Vidal. Corpo, linguagem e educação os sentidos no pensamento de Rubens Alves. São Paulo: Paulus, 2008.
___________. A ciência e seus procedimentos: Elaborando projetos e redigindo seus resultados” . NEAAD/UFES Plataforma on-line do Curso: Dimensões da Humanização: Filosofia, psicanálise e medicina.

SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes, ,1994.

UNIVERSIDE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Biblioteca Central. Normatização de referências: NBR 6023:2002. Normatização de trabalhos Científicos e acadêmicos. Vitória, 2006.

VYGOSTSKY, L. S. A formação social da mente. Martins Fontes, São Paulo, 1991.

____________ Pensamento e Linguagem. Martins Fontes, São Paulo, 1993

"Priorizar a escrita"

Essa frase martela em meu cérebro. Sabendo que por tanto tempo deixei de fazê-lo...
Que saudades do meu blog.
Que saudades de vocês.
Onde estão vocês?
Vocês estão aí???
...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CONSTRUÇÃO BIDIRECIONAL DE CONHECIMENTO


A partir do advento da internet, vivemos uma reviravolta galopante e irreversível nos conceitos de “meio de comunicação” e “democratização”, dado a rapidez e possibilidades de acesso às informações através dessa ferramenta.

Imagem disponível em: http://3.bp.blogspot.com/_-vlb9wlfTV0/Sikth4_wRZI/AAAAAAAAAFI/YdGK3Zg1bgQ/s320/mend5.jpg
Entretanto, para os estudiosos da aera, a maior contribuição está no estreitamento das relações interpessoais e a criação de uma nova “cultura” de “construção bidirecional do conhecimento” com o outro em qualquer área de atuação que estabelece a comunicação bidirecional. Ajudando o aluno a planejar e ponderar sua participação no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e à utilização de ferramentas de comunicação e interatividade. Construindo com estes, uma metodologia própria de estudo e, juntamente, pesquisar e incentivar a leitura da bibliografia sugerida no material didático.

Nesse contexto de construção faz-se essencial, segundo Ermereciano, Souza e Freitas (2001),  destacar a necessidades da ressignificação do termo "tutor" - não sendo simplesmente, "protetor", "defensor" ou "animador", mas professor e educador.

Baseado em: http://ead.uepb.edu.br/ava2/course/view.php?id=14. Acessado em 17/09/2009.
VIABILIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM

CONSTRUINDO UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM

CONSTRUINDO UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM

Mas, não só de funções administrativas e de orientação vive o tutor. Essa nova modalidade profissional, em construção, também precisa contribuir com a elaboração pedagógica e atividades, incentivar a pesquisa, criar situações de questionamento e discussões sobre os diferentes temas, avaliando respostas, desenvolvendo o clima intelectual geral do grupo.



Encorajar os estudantes na construção e desconstrução coletiva de conhecimento e avaliar o desempenho dos estudantes. A avaliação é uma tarefa complexa e deve ser sempre discutida com todas as partes envolvidas.


Embora um tanto subjetiva, os autores, também destacam como ‘função’ do tutor o seu comprometimento com as atividades propostas pela coordenação do curso (encontros, atividades culturais, videoconferência, seminários, relatórios etc.).
Na qualidade de responsável pela interatividade, o tutor deve cuidar dos grupos virtuais de colaboração, atender as dúvidas dos cursistas, dinamizar e aplicar os momentos de encontros presenciais, aplicar os instrumentos avaliativos (presenciais e a distância).


Para tal, deve se capacitar previamente.



Sendo fundamental conhecer o projeto didático-pedagógico do curso e o material didático das disciplinas – mantendo o domínio de conteúdo específico da área;
Incentivar o cursista a adquirir autonomia em sua aprendizagem.CONSTRUÇÃO BIDIRECIONAL DE CONHECIMENTO



Enfim, o tutor e o elo de comunicação entre cursista e a instituição de ensino.


Lembrando que esta modalidade de ensino e aprendizagem está em contínuo desenvolvimento e expansão. Segundo Fredric Michael Litto, Presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância – ABED, em entrevista hoje(17/09/09) na Rádio Novo Tempo, o preconceito para com a Educação a Distância é uma atitude de ignorância.

baseado em: http://ead.uepb.edu.br/ava2/course/view.php?id=14. Acessado em 17/09/2009.
 
VIABILIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM

domingo, 13 de setembro de 2009

Pequeno esboço da Web Conferência

Olá pessoal, fiz um apanhado geral da primeira Web Conferência do professor Jorge Augusto Silva Santos: “Concepção da alma em Homero”. Lembrando que Edilézia (tutora à distância), é orientanda de mestrado do nosso professor e o ajudou nessa conferência.

CONCEPÇÕES ANTIGAS SOBRE A ALMA EM HOMERO

O professor Jorge Santos inicia a conferência destacando a estrutura dicotômica que é o binômio: corpo e alma.
Santos (2009), enfatiza que para Homero a “alma nada tem a ver com o ‘eu espiritual’ que entendemos hoje. Sendo, importante para nós, entender essa concepção da alma como Homero a entendia.
O ponto de partida pra compreender a concepção da alma em Homero está na “exclusão recíproca entre a ‘psychē e a vida.”
Manifestada por ocasião da morte do corpo, a psychē se identifica como alento cujo aparecimento indica a ausência de vida, ou seja, enquanto o corpo está vivo, a psychē não dá sinal de vida.
Muito interessante, não é? Agora sei de onde vêm todas aquelas idéias dos filmes de terror. E eu achando que o cinema era criativo!
Santos (2009) não deixa dúvida sobre a idéia de que, em Homero, alma e vida estão excluídos.
Quando associada ao defunto reproduzindo o ser vivo, a psychē tem uma forma espectral, esfumaçante. “Aquele friozinho na espinha que o cinema explora no “Fantasminha camarada”.
Nesse sentido, o prof.º Jorge Santos, comenta a tese de uma aparente incoerência sobre o termo psychē – ao deixar margem para um duplo conteúdo de coexistência da noção impessoal de psychē:
De um lado – vida biológica (ao demarcar seu término) - tendo o significado de sopro, alento, suspiro;
Do outro – passível de identificar o defunto: espectro (estabelecendo uma noção personalizada de psychē).

Hipóteses Plausíveis levantadas por Santos:
1º) No pensamento pré-homero, haveria uma dupla concepção da psychē e a ausência de uma terminologia capaz de expressar (resumir, sintetizar) essa concepção. Dado que a expressão conceitual só emergiu com o aparecimento da filosofia, a partir da unificação do termo ‘psychē’ por Platão. Assim, a concepção platônica vai unificar no termo ‘alma’ a estrutura do homem: o homem que sente, que vê, que pensa, etc;

2º) Dissonância entre o pensamento e a linguagem na solução do problema. De um lado a psychē individual do morto; por outro psychē enquanto princípio vital universal;

3º) Homero nunca utiliza o termo alma para identificar o homem vivo mais apenas para o homem morto. Para identificar o homem vivo ele vai utilizar outros múltiplos e complexos modos (termos), tais como, phren, nóos, coração, thymos...

Estes termos, “relativos a corporalidade” (Santos, 2009), vão evoluindo até o pensamento filosófico. Assim podemos entender as expressões que traduzem dimensões psíquicas, como “coração” (órgão físico e de sentimentos), “aperta coração”; thymos - como primeiro termo que designa vários elementos que vão expressar esta concepção psíquica do homem.

Relembrando que, o ponto de partida é: Exclusão do termo alma da noção de vida que temos hoje.

Nesse sentido, Santos (2009) nos convida a refletir sobre ‘onde reside a atividade do intelecto para Homero. Seria no conhecimento ou na atividade prática?’
Observa então que o termo ‘coração’ está mais relacionado a atividade prática.
Conclui enfim que o pensamento filosófico ainda não está definido nos tempos e Homero.
O termo’nóos’ – tem significado de intelecto – luz. Paradoxalmente, “não na vida, mas só na morte e na perda dos sentidos o homem homérico se dividia em corpo e alma.”

“O que tradicionalmente, desde o século V a.C., designamos como corpo e alma, Homero os concebe e os apresenta como uma multiplicidade de membros, de órgãos e de faculdades.” ( Santos, 2009).
...não nega a operação mental de unificação de uma multiplicidade, mas sim, negar exclusivamente a unidade numérica na representação: que o homem homérico veja o “corpo” como unidade, isto é, um “complexo orgânico-unitário.”

Segundo Silva, na época do período homérico, a vida era comentada através de elementos do cotidiano prático e não no termo abstrato que vem depois com a filosofia, o qual, conhecemos hoje.

Não há uma clara distinção ou função entre “órgãos corporais” e “órgãos espirituais”.

Para Santos (2009), “assim como os membros não são concebidos e pensados como partes de um corpo, de modo análogo, psychë, thymós e nóos não são igualmente pensados como “partes” de uma alma e de um espírito, como posteriormente o é considerada em Platão. São órgãos e funções diversas e separadas. Em conseqüência não é provável que Homero tenha colocado uma clara distinção entre órgãos que chamaríamos “corporais” e “órgãos espirituais” ou “da alma”. Psychë, thymos e nóos não se diferenciam substancialmente dos órgãos corporais. São precisamente, órgãos do homem.

RESUMÃO
Homero se situa bem antes do pensamento filosófico tradicional como o conhecemos hoje e que chega a nós através das concepções “unificadoras de Platão (pensamento filosófico). “Noções sobre o binômio soma-psychë na Grécia arcaica: o corpo humano e a psychë em Homero (Ilíada e Odisséia): a alma – significa “a vida que se vai” e a “imagem do não-está-mais-vivo.”
Em Homero, a psychë sai pela boca. Caracterizada pelo “sopro vivo”, “alento”, “último suspiro”.
Aí, você tem medo de alma penada?

Coloque aqui seu comentário a este respeito.
Grande abraço

Dica Legal!

Legal mesmo! Se você está buscando alguns textos sobre a relação entre o pensamento de Platão, Aristóteles, Santo Agustinho e São Tomás de Aquino para embasar sua construção sobre "Concepções antiga da alma" mesclando com suas idéias e o pensamento contemporâneas, visite a "Homepager: http://www.bentosilvasantos.com"
Boa navegada.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Web Conferência: Psychë X Vida em Homero

A nossa primeira "Web Conferência" estreou em grande estilo nessa quarta 02 de setembro de 2009. As palestras dos professores autores Jorge Augusto Santos (Concepções antigas da alma em Homero ) e Arthur Araújo (Concepções antigas da alma em Platão) estão imperdíveis. Você já conferiu? Se não confira. Os links são: http://webconf.rnp.br/p32541842
e
http://webconf.rnp.br/p82516839
Parabéns a toda equipe autora e organizadora.

O ponto de partida para entender a concepção da alma no período homérico, segundo Santos (2009) é a exclusão do termo alma à noção de vida. O que vale dizer que, para Homero, alma e vida são excludentes.
Pensando um pouquinho a este respeito podemos constatar que essa concepção predominou no pensamento do homem medieval e mesmo do homem “simples de nossa época.
Como você percebe esta semelhança? Você concorda ou não com essa visão?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O mais hollywoodiano dos Clássico

Os peomas de Homero tiveram grandes produções na indústria cinematográfica. A Odisséia teve uma megaprodução de 40 milhões de dolares e o comando de Francis Ford Coppola (1997). Tendo o título original " The Odyssey". Direção de Andrei Konchalovsky e grande elenco, como Geraldine Chaplin, Isabella Rosselini, Armand Assante, Eric Roberts. Numa cruzada de 150 min.

A HISTÓRIA: O livro conta a grande evolução histórica da Grécia Antiga que é dividida em quatro períodos (Pré-Homérico, Homérico, Arcaico e Clássico). Esta fase obscura da história da Grécia Antiga, que se estende do século XII ao VIII a C. é chamada de Período Homérico porque seu conhecimento é baseado na interpretação de lendas contidas em dois poemas épicos atribuídos a um suposto narrador cego da Ásia Menor chamado Homero. Os textos principais são dois poemas. O primeiro conhecido como "A Ilíada", narra a Guerra de Tróia, e sua ardilosa conquista pelos gregos. Seu destaque é o herói Aquiles. Um momento importante da obra descreve a tomada da cidade pelos gregos, sob o comando de Odisseu (Ulisses), com seu engenhoso "presente de grego". Quem pode esquecer um presente deste? Melhor nem precisar lembrar, pois o grandioso cavalo de madeira que vomitou do seu interior muitos homens sedentos de conquistas e lutas, vai ficar na história como lembrete da necessidade de algo mais do que coragem para vencer uma batalha: raciocínio e organização de equipe. Tróia que o diga, pois herdou uma dor de cabeça histórica. "A Odisséia" descreve o retorno do guerreiro Odisseu (Ulisses) ao seu reino na ilha grega de Ítaca. Estou ainda lendo o livro traduzido por Antônio Plínio de Carvalho, mas posso adiantar de minhas pesquisas, que a obra pode ser dividida em três episódios principais: a viagem de Telêmaco (filho de Ulisses); as viagens de Ulisses; e o massacre dos pretendentes da esposa de Ulisses, Penélope. Que, aqui pra nós, me parece ser uma grandíssima belezoca sonsa; por um lado chora a falta do maridão, por outro, lança olhares lânguidos a trupe de pretendentes a sua volta. Ai, ai, Penélope! Verdade ou lenda o fato é que os dois poemas têm um teor histórico muito importante sobre a cultura grega de conquistas e formação do pensamento racional que hoje predomina em nossa "tradição" de influências desses povos. Quem já estudou um pouco mais, descreve que na Ilíada, a Odisséia é composta de 24 cantos, sendo que a Ilíada descreve um estágio mais primitivo da sociedade, a Odisséia descreve um momento mais estável e pacífico repleto de sucessos legendários. O fato é que esses poemas eram transmitidos oralmente ao longo de séculos, lembro-me que minha mãe, em pleno século 20 tinha mania de recitar feitos heróicos, poemas e até a história do Brasil de cor em forma de poema. Coisa da antiga escola nordestina de sua época... Bom, os versos recitados de Homero só tiveram registros escritos nos meados do século VI a C. em Atenas durante a tirania de Psistrato. Estes registros e as rapsódias homéricas não comprovam a veracidade de sua história e nem mesmo a existência de seu autor. Mas cá pra nós, quem vai querer respaldar direitos autorais a um cara pobre, ambulante e cego. A humanidade é cruel com seus sábios sem poderes aquisitivos e pomposos dotes. Ainda bem que a história é tão fascinante que perdurou e manteve-se viva com seu também lendário, pobre e incomum autor, marcando as rapsódias (cantos épicos) da Grécia Antiga.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Seguindo a alma:a partir de Platão

Este tópico está ainda em construção. Na seqüência dos estudos da próxima semana, "Fédon", de Platão, será o texto principal que comentaremos aqui junto com vocês. Vocês vão encontrá-lo na Plataforma do Curso, na disciplina "Concepções da Alma: Homero, Platão e Aristóteles" dos prof.ºs Jorge Augusto e Arthur Araújo e, ainda, outras versões bem interessantes como, "Filebo" no link "Apoio: Clássicos" da disciplina Fundamentos EaD" do prof.º Antônio Vidal... Lembram? Indo a fonte acessem http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/filebo.pdf e/ou http://br.egroups.com/group/acropolis/ Naveguem! E fiquem livres para opinar...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Buscando na fonte

Caso você tenha condições favoráveis e curiosidade acesse esse site http://www.scribd.com/doc/14600458/Iliada-Homero e veja na íntegra um original, muito charmoso, desse conto de Homero traduzido por Manoel Odorico Mendes da editora Saraiva. Tem ainda outra tradução do Carlos Alberto Nunes, editora EDIOURO. Que você encontra em http://www.scribd.com/doc/6890576/Homero-Iliada. Bem, folheiem, confiram e me diga. É certo que não são pequenas e realmente nos assusta. Coisa de doido! Olhem, mesmo rapidamente e me digam

Seguindo a alma: a partir de Homero

Tópico 1 - em Andamento

Homero (século VIII a.C.) consagrou o gênero épico com as obras Ilíada e Odisséia. Vivendo no período do ressurgimento da escrita na Grécia, foi o primeiro grande poeta cuja obra chegou até nós. Como um bom cidadão grego, busca aproximar os deuses dos homens, descrevendo-os com características antropomórficas. E como Aquiles, o grande herói de seus poemas, Homero e suas histórias, estão imersos nas trevas impenetráveis da lenda. Contribuindo assim, para que várias controvérsias tenham surgido sobre a real autoria dos seus poemas mais famosos Ilíada e Odisséia. Muitas histórias têm sido contadas desde então a respeito desse poeta e suas obras. Alguns, como os gramáticos Alexandrinos, dizem que ele fez apenas uma das obras, outros, como Aristerco, afirmam que apenas contribuiu em parte, em ambos, sendo os mesmos acrescidos por outros poemas independentes. Para completar a controvérsia a esse respeito, as três publicações dos poemas no século XVIII: uma de François d'Aubignac, outra de Giambattista Vico e outra de Friedrich August Wolf, só concordam em um ponto: “Homero jamais existiu!”. De acordo com esses críticos (historiadores), Homero não passa de uma alegoria e/ou um compilador das rapsódias. Discussões e controvérsias a parte, vale a pena enveredarmos nessa Odisséia Homérica. Boa pesquisa e leitura Saiba mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Homero, acessado em 07/08

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Seguindo a alma: a partir de Aristóteles

Tópico 3 - Em construção...

Seguindo a alma: a partir de Platão

Tópico 2 - Em construção

Curiosidades: “Foi mesmo?!?”



AH! Contam que Homero era cego e andarilho. Recitava seus versos para quem o abrigava.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A analgesia da dor do pensar


Por que para muitos de nós é tão gostoso ficar na internet fuçando piadas, vídeos bizarros, Orkut, msn, vida de pessoas famosas, quilos' e + quilos de informações e tão, mais TÃO chato, acessar as discipinas, textos e artigos do curso que me propus fazer?

Esse blog, vai com você, descobrir e CONSTRUIR as maravilhas do SABER